sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

SHAZAM! | O PODER DA ESPERANÇA

Autor: Rubens Junior | Facebook | Twitter




TÍTULO: SHAZAM! | O PODER DA ESPERANÇA
PUBLICAÇÃO: 2001
EDIÇÃO: ÚNICA
CAPA: ALEX ROSS
ROTEIRO: PAUL DINI
ARGUMENTO: PAUL DINI E ALEX ROSS
ILUSTRAÇÃO: ALEX ROSS
ORIGEM: EUA
LICENCIADOR: DC COMICS
EDITORA: ABRIL
CATEGORIA: ÁLBUM DE LUXO
GÊNERO: SUPER-HERÓIS
PÁGINAS: 68
FORMATO: 25,5 X 34 CM
PRODUTO: COLORIDO/LOMBADA QUADRADA

A terceira revista da série de Alex Ross e Paul Dini de 25,5x34 cm apresenta Capitão Marvel! O herói que prefiro chamar de SHAZAM! (acho que todos preferem).

Poisé.. este é, talvez, o personagem tratado de forma mais ingrata no mundo dos quadrinhos. Na teoria, ele deveria ser o personagem mais poderoso do universo das hq's, já que possui as melhores características dos seres mais poderosos do mundo: sabedoria de Salomão, força de Hércules, resistência de Atlas, poder de Zeus, coragem de Aquiles e velocidade de Mercúrio. Mas devido a muitas histórias ruins e infantís demais nestes longos anos de existência, ele tem um público de fãs minúsculo (comparado a Batman, Wolverine, etc). E a preferência pequena entre os fãs resulta na derrota do personagem quando enfrenta outros heróis conhecidos, como Thor, Super-Homem, etc. E a constante derrota para personagens que ele deveria almoçar com farinha o deixa cada vez menos popular.

Outra característica muito legal neste personagem é que, diferente da maioria dos outros, ele não precisa se trocar para virar um herói, não precisa andar poraí passando calor com seu uniforme por baixo da sua roupa cotidiana, nem ao menos correr com sua super velocidade para dentro do banheiro ou a uma cabine telefônica fazer a troca de roupa. Ele só precisa gritar SHAZAM, e pronto! Pois, na verdade, ele, na sua essência de Billy Batson, é o único herói de verdade no mundo dos quadrinhos, pois ele não tem poder nenhum. Ele não resolveu virar herói porque adquiriu ou nasceu com um poder extraordinário. Pelo contrário, ele foi reconhecido por ter os verdadeiros valores de um herói (que são valores internos como verdade, justiça, coragem, etc) e por isso recebeu o direito de INVOCAR o Capitão Marvel, que é o todo poderoso.

Ou seja, qualquer bom roteirista criativo imaginaria grandes sagas com este herói, se não fossem pagos para criarem histórias para personagens mais populares. Mas, fico feliz em anunciar que esta revista matou minha lumbriga, pois seu roteiro é moooito bom e, ficando só atrás do Super-Homem | Paz na Terra, estes autores acertaram em cheio o que eu sempre quis ver com este personagem em termos de roteiro, inimigos, paradigmas, etc. Lavai a lista do que mais gostei:

  • ROTEIRO - É impressionante tanto quanto é simples, pois é profundo. Em todas as histórias desta série tentaram criar histórias muito realistas e profundas, mas esta talvez seja a mais profunda pois o personagem principal não é um homem experiente, um herói profissional... é, na verdade, um menino com responsabilidades de homem e de herói. Paul Dini conseguiu explorar muito bem este contraste e, com uma trama belamente elaborada, conseguiu exaltar o valor de Billy (que é sempre menosprezado à sombra do Capitão Marvel) e justificar o porque ele foi escolhido como portador do Shazam.
  • CAPA - Diferente dos outros heróis da série, o Capitão Marvel é um herói sorridente. Isso porque ele não haje por vingança como o Batman, ou por responsabilidade como o Super-Homem, ou por ser um gerreiro como a Mulher-Maravilha. Ele curte o que faz porque realmente se sente feliz no seu trabalho de herói. E isso fica muito claro na capa. Com uma expressão não apenas sorridente, mas de satisfação, e com cores mais vivas no personagem à luz do sol, essa capa já indica o prumo do que vem adiante. Essa é a função que toda capa deveria exercer (já aproveito para fazer um adendo de que eu ODEIO revistas cuja capa são feitas por um artista e a parte interna ilustrada por outro. Isso anula completamente o objetivo de uma capa além de ser propaganda enganosa de muito mau gosto).
  • LIÇÃO - Todas as revistas desta série terminam com uma lição de vida facilmente aplicável no nosso cotidiano (igual aos desenhos do He-Man e da She-Ha de antigamente). A lição do Shazam é a mais difícil de fazermos e, ao mesmo tempo, a mais poderosa. Como já devem ter percebido, eu comento muito e falo bastante das revistas sem contar nada, para não estragar a surpresa do leitor. Mas, caso o leitor seja meio leso, eu deixo uma dica: sendo pouco, vc ainda sim pode muito. Tenha esperança!

2 comentários:

  1. Essa Grafic Novel é um mito...
    Me emocionei lendo ela e cara... uma lição de vida.

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  2. Ficou uma droga essa história de mudar uniforme e etc... PRINCIPALMENTE pela lógica da ficção, onde o personagem, quando vai informar o nome dele fala SHAZAM e nada acontece (não se transforma), e quando precisa usá-la, então acontece a mudança. Será que ninguém percebeu isso????? E este último filme "Liga da Justiça - Guerra", onde usaram uma dublagem pra lá de horrível para o Capitão Marvel, prefiro chamar assim (acho que todos que entendem o que eu estou dizendo também preferem!!!!!!!), isso deve ser porque a DC Comics ainda está com raiva dos acontecimentos lá na longinqua década de 1940, e por isso está sempre dando um jeito de tentar rebaixar o Capitão Marvel. Ora, então que deixassem o personagem para a Fawcett. Lembrando que no 1º filme/seriado do Capitão Marvel (ainda prefiro chamar assim!!!), Billi Batson não era um guri, e nem o Capitão Marvel (continuo na certeza que este é o nome correto!!!!!) se comportava como tal.

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